sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Caminho do sossego







Esqueci a tal exatidão. Dar nome aos bois, colocar os pingos nos "is", bater de frente. Tirei férias disso tudo. Se algum desaforo bater à minha porta, não atendo. 
Canto ciranda, enfeito minhas tranças, converso com a esperança.
Perdi minha mala carregada de ressentimentos na estrada do sossego.
Mudei a rota, arranquei as portas que aprisionavam meu sorriso.
Me perdi do tempo. Me encontrei em mim.


Renata Fagundes









terça-feira, 27 de setembro de 2011

Cardápio do dia






Não se alimente de sentimentos pesados, eles são prejudiciais a saúde da alma.
Uma dieta rica em  gentileza, abraços, amigos, sorrisos e bem querer, podem fazer maravilhas por sua beleza.
Alma leve é aquela que acumula calorias, pois sua alimentação é rica em calor humano.



Renata Fagundes







domingo, 25 de setembro de 2011

Descalça







Deixei os sapatos sujos no capacho da porta
não vou contaminar a casa com pegadas pesadas
descalça, pés limpos, passos leves, avanço.


Renata Fagundes







sexta-feira, 23 de setembro de 2011

DENUNCIANDO OS PLAGIADORES





Essa pessoa vem plagiando meus textos há um certo tempo, mas, como é desgastante fazer esse tipo de post, da última vez, apenas a adiverti. Só que essas pessoinhas que se acham muito espertas, merecem sim ser denunciadas. O blog se chama minha escrita, que de dela não tem nada.

PARABÉNS DANIELI PAIVA...VOCÊ CONSEGUIU APARECER UM POUQUINHO

Blog    

MINHA ESCRITA

Me...

Se eu tiver que rir, que seja de mim. Dos meus desacertos, dos meus cabelos bagunçados, dessa falta de modos distraída. Palavras bagunçadas me organizam. Sei que quebro algumas regras. Desaprendi de ter certezas. Encaixotei algumas dúvidas. Apenas vou deixar fluir. E se nada for tão divertido, pego no improviso. E vou continuar vivendo a minha vida, acreditando nas palavras e na sinceridade das pessoas, principalmente com elas mesmas!  Não tenho medo de levantar a poeira e dar a volta por cima, acredito no meu potencial, na força que eu tenho de recomeçar do zero e de aprender com os erros que eu cometi, mesmo que estes, tenham durado algum tempo em minha vida.  Esta vida segue, entre cacos, mas nunca deixando de viver feliz.  Assim, como o cabelo tá crescendo aos poucos, aos poucos tudo passará e eu esquecerei as situações desagradáveis e eu continuarei preparando o meu futuro...e nesse futuro eu estarei com os cabelos longos, conhecendo lugares e pessoas diferentes, bem longe daqui e o que é melhor, esquecendo tudo que aconteceu. 

"Meu mundo inteiro...
que é tão fácil de enxergar... E chegar"




AQUI VOCÊS ENCONTRAM ALGUNS DOS MEUS TEXTOS
FIQUEI COM PREGUIÇA DE POSTAR TODOS QUE ELA COPIOU E CAMUFLOU COM PALAVRAS DELA, SE É QUE SÃO DELA.


http://minhaescrita.blogspot.com/2011/09/me.html

http://minhaescrita.blogspot.com/2010/11/inquieta_14.html

http://minhaescrita.blogspot.com/2010/11/vento.html






Poetizando






Não gosto de ter a expectativa como companhia. 
Ela é muito tagarela e deixa meu coração agitado.
Gosto mesmo é quando o inesperado se aproxima de mansinho, sossegado 
feito vento acariciando meus cabelos me presenteando com sentimentos poetizados
enfeitando meus pés com flores, fazendo a lua brincar no meu telhado.


Renata Fagundes








sábado, 17 de setembro de 2011

Colorindo nosso céu






Sonhos são pipas
parecem distantes
mas somos nós que dominamos a linha.


Renata Fagundes







quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Palavreando







Eu gosto de gente estranha e de sapatos vermelhos.
Gelatina de limão e pipoca com catchup.
Prefiro flores nos vasos e tenho coleção de canecas.
Gosto de tudo no papel, cartão, cartas, desenhos, bilhetes - meus momentos em pedaços.
Perco a memória, a hora e com frequência me divirto com o embrulho das idéias brincando de esconder.
Se as vezes pareço distante é que meu mundo aqui dentro precisa falar.
Pessoas malucas são as melhores amigas, foi com elas que aprendi ensinar a tristeza sorrir.
Prefiro o quentinho do abraço do que o estalo do beijo.
A simplicidade é meu vestido mais chique.
Não me preocupo se sou amada, reconhecida, aplaudida, isso é pra gente grande.
Sou pequena, em minha mala carrego miudezas e estrelas.


Renata Fagundes








terça-feira, 13 de setembro de 2011

Ouvindo meu silêncio






Eu ando afônica beibe, as palavras resolveram caminhar sozinhas, fizeram morada na timidez de minha voz. Eu entendo, não preciso que elas se fixem, não preciso de voz. Quero caneta, papel e um punhado de decisão pra abranger essas linhas que andam passeando por minhas súplicas. Quero me atrasar, perder o compasso com a rotina, desativar os sentidos e ser parte dessa história. Não preciso mover os lábios, é minha mente que fala, meu roteiro é apenas suspiro, linhas que não procuro. Meu medo é quente, minha coragem é fria.

Me calo para me esconder da razão, me mostro pra emoção, me visto com meus quereres e sigo brincando de gente que não tem medo de desilusão.
Coisa chata a tal seriedade. Eu gosto da loucura escondida em cada olhar. Da poesia fazendo serenata na minha janela. Palavras são desnecessárias pra quem é feito de sonho. Porque eu me sinto trancada por dentro, feito segredo, palavras fechadas no sotão do peito.

Sigo no embalo da voz de Ana Carolina "palavras me aguardam tempo exato pra falar, coisas minhas talvez você nem queira ouvir". Porque eu só quero ouvir. Não preciso recitar. Só quero novamente minha caneta e um pouco de amor pra silenciar. Porque eu sou dessas que se acomodam na quietude, mas esbarram no tumtum do coração. Sou daquele tipinho que se aninha na madrugada pra ouvir o barulho que o peito faz quando o amor cansa de gritar. É, eu sou. Porque pra falar de amor eu faço silêncio.




Texto em parceria com a amiga (minha marida)  Ju Fuzetto



quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Descomplicando







Se eu tiver que rir, que seja de mim. Dos meus desacertos, dos meus cabelos crespos, dessa falta de modos distraída. Palavras bagunçadas me organizam. Sei que quebro algumas regras. Desaprendi de ter certezas. Encaixotei algumas dúvidas. Apenas deixo fluir. E se nada for tão divertido, pego carona no improviso.



Renata Fagundes









terça-feira, 6 de setembro de 2011

Sou coisa antiga








O mundo anda mudado, moderno. Sei que essa parafernalha virtual, digital, facilita e muito nossa vida. Mesmo assim, ainda não consigo entender pessoas viciadas em internet, celular, informação acelerada para mentes sedentas de novidade. As pessoas não conversam mais, mandam emails, se comunicam pelo msn, a ausência de alguém da família é facilmente resolvida pela instalação de uma web cam.

Eu quero saborear o aconchego da minha casa com as pessoas que amo, quero aquele cheirinho de bolo com café nas tardes frias, aquele doce de leite cortado na tábua, eu quero minha mente cantando as cirandas infantis que minha avó cantava enquanto varria casa, quero a família reunida e todos falando ao mesmo tempo. O abraço com cheiro de roupa limpa da minha mãe, quero banho de chuva, conversar com a lua e sentar no beiral da janela pra ver a rua.

Claro que eu gosto de internet, celular, preciso deles para escrever, para trabalhar, mas para descrever eu preciso sentir, vivenciar, degustar, isso esse mundo cibernético não pode me oferecer.
Quero saborear possibilidades, tatear o mundo, sentir o cheiro que vem das pessoas, eu quero que seja real.

Porque a realidade não é essa coisa de gente vestindo perfeição atráves de uma tela de computador. Risos maquiados de falsidade, poses e viagens, cenários montados pela covardia de gente de mentira.

Não vou me vestir de insignificâncias só pra mostrar pro mundo que sou melhor ou pior. Não me escondo da vida, me mostro pra ela com leveza e verdade. Quero tocar no coração das pessoas, com as mãos. Quero massagens de simplicidade na alma. Quero cócegas, quero mais do que esse mundo irreal tem pra oferecer. Eu sou inteira e ao mesmo tempo tão limitada. Não me comporto bem diante do que não me toca, daquilo que não me faz desatinar. Eu preciso ser ouvida, eu gosto de ouvir. Gosto da conexão entre o toque e o abraço. Web cam? Pra quê? Não quero ver o superficial. Ele não me prende, não fascina. Eu gosto de olhar o que tem por dentro das retinas. Tenho coração, não CPU.




Texto em parceria com a amiga Ju Fuzetto 





Nos unimos para somar um sol cítrico a um vento cintilante.









sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Muito bem obrigada

Foto: Angelina Jolie





Tenho uma filha de 15 anos e minha casa vive cheia de adolescentes, entusiasmadas, saltitantes, maquiadas, tagarelas. São enjoadas de tão perfeitas, corpo, pele, cabelo, roupinha da moda e muita, muita insegurança. Se acham gordas, o cabelo não está bom, usam unhas postiças, pintam cabelo e ficam horas na esteticista fazendo não sei o que. Precocidade inútil, mas, que atire a primeira pedra qual a garota que nunca ficou histérica ao ver uma espinha no meio da cara justo no dia mais importante da sua vida - ir ao cinema com aquele garoto lindo que usa aparelho.

Observo discretamente e dou graças pelos meus 36 anos. Maturidade mansa, despretensiosa. Não espero que meu corpo seja igual de uma maratonista, se aparece uma espinha uma base leve resolve. Minha preocupação é tomar água e usar filtro solar, no mais, caminho de acordo com meu tempo. Faço ergométrica e quando tenho vontade me sento em frente a tv com um bom filme e uma bacia de pipocas. Hidrato os cabelos com frequência, faço as unhas e como pizza sem culpa.Não tenho espelhos estéticos, não leio revistas de moda ou de dietas, prefiro poesias. Se uma ruga ou um quilo aparecem, enlouquecer vai me tornar velha, gorda e chata.Meu momento é de alforria. Me libertei das correntes que a mídia, a sociedade, ou seja lá o que for impõem  como beleza.

Vivo a plenitude de conviver em harmonia com minhas imperfeições e essa calmaria me faz sentir uma belezura.



Renata Fagundes