segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Aprendendo a enxergar







Ahhhh meu bem, a vida é muito mais que esse atropelo dos dias, que essa bagunça das horas, que esse vai e vem desmedido. Avida acontece nas entrelinhas.


Renata Fagundes












sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Hoje quero falar de amizade







Conversando com a generosidade, descobri que ela era a base da amizade.Que sem ela, o egoísmo e as vontades próprias prevalecem, impedindo o diálogo, a partilha.
Disse a ela que preferia ser justa e que as pessoas têm de mim aquilo que merecem, minha lealdade ou minha indiferença, simples assim.
Ela com sua sábia doçura me explicou que, quem encontra um amigo e divide suas dores, alegrias, sonhos, se torna parte de um projeto chamado "querer bem".
Aquele que quer bem entende, sabe ouvir, mesmo sem gostar ou concordar com o que ouve, aquele que quer bem sabe ser sincero sem ser agressivo, sabe se colocar no lugar do outro, sabe ser generoso.
  

Nessa troca de idéias, aprendi que, só quem faz amizade com a generosidade 
tem o dom de querer bem.



Renata Fagundes
















quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Palavras dançantes









Escrever é permitir que o coração chame a alma pra dançar, 
é musicalizar palavras com a melodia dos sentimentos.


Renata Fagundes













quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A sorte de um amor tranquilo








Sempre me encontrei nas paixões passionais e inquietantes de Almodovar.
Eu ainda não havia  experimentado "a sorte de um amor tranquilo".
Aprendi que o amor não precisa ser barulhento, inquieto, ele pode brotar na calmaria e fazer morada na paz de um abraço.

                                                                     Aprendi que, desaprendi de viver sem seu cuidado.




Renata Fagundes















terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Matéria prima






Somos feitos de sonhos, a realidade é só um susto.



Renata Fagundes










segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Invisível







Estou ficando repetitiva, cansativa, mais cítrica que cintilante, mais azeda que doce, mais trabalho que recreio, mais reclamona que poesia.

Minha vó já dizia: - trabalho cria, mas mata também menina. Onde você guardou a diversão?
Eu num sei, não consigo achar nem o sorriso.

Preciso de férias, massagem nos pés e uma panela de brigadeiro de colher.
Sou uma mulher adulta, mas quero brincar de ficar invisível pelos próximos dias.


 Renata Fagundes













sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A espera do inesperado





O inesperado me fascina
Nossa visão momentânea é cega, pois se concentra apenas
no que nossos olhos conseguem alcançar.

O inesperado vê além dos fatos
pra ele, nada é o que parece
acho até que ele se diverte com nossas agonias.
Consigo visualiza-lo com um sorriso sarcástico
dizendo: espere por mim...

Aprendi a confiar nele, a me deixar conduzir.
Nunca me arrependi.
Pois sei que ele está a espreita, esperando eu me distrair. 



Renata Fagundes
Post de 12/01/2010








** Semana cansativa - repostando porque hoje minha criatividade - O GATO COMEU**


Quero agradecer o carinho, a presença dos novos seguidores, aos presentinhos das minhas lindezas,  aos comentários diários. Ainda não postei os selos, desafios e não visitei todos os blogs por falta de tempo meninas.
Prometo tentar me reprogramar antes que precise ser "formatada"..rs


Um mega fim de semana a todos \o/

beijos cintilantes






















quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Degustando






Não sou uma mulher para trezentos talheres. Sou para comer com as mãos.


Renata Fagundes












quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A costureira






Quero alinhavar seus beijos nos desenhos do meu vestido.
Bordar seu nome, do brocado mais fino, na renda da minha camisa.
Amarrar com laço de cetim suas mãos grandes em minha cintura fina.
Costurar nossas vidas no pano de fundo do destino.


Renata Fagundes











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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Brincando de realizar







Lembra amor, quando nossos sonhos ficavam lá no alto da prateleira 
e a gente nem tinha escada pra alcançar?
Agora, se transformaram em realidade, não nos deixando dormir sossegados, 
fazendo algazarra na nossa cama.



Renata Fagundes












segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Nossas asas e ninhos






Sou feita de gaiolas abertas. Portas destrancadas. Janelas sem grade.
Não aprisiono ninguém. Também preciso da liberdade me chamando pra dançar.
Mas, existem ocasiões, que a vontade de ficar fala mais alto e a gente faz um ninho, pede abrigo num abraço.
Confesso que já me senti solitária, mas nunca fui sozinha.


Renata Fagundes










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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Gostosuras






Sensação gostosa essa de ser abraçada por seu cheiro,
antecedendo o beijo.
Meus olhos se fecham, minha pele festeja.


 Renata Fagundes











quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Gente como a gente






Eu gosto dos que se mostram, se rasgam e sangram, comemoram e esbravejam
gosto do sabor da lágrima, mãos trêmulas e pulos de alegria
batom borrando no beijo, corpo cheirando a desejo, porta batendo, coração se abrindo
cheiro de suor, cicatrizes, pele bronzeada, pés molhados, cara lavada
não sou fã de gente passada a ferro - foto montada
gosto do colorido, do improviso.


Renata Fagundes









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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Punhado de felicidade










Eu quero o que for doce, o que for mágico, o que for simples, quero todo dia um punhado, um taquinho.
Tenho andando saturada de pessoas com idéias mirabolantes e planos grandiosos.
Como se a felicidade se escondesse no impossível.
Me deixa ser feliz assim, aos pouquinhos.


Renata Fagundes









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terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Apego






" O apego não quer ir embora, diaxo ele tem que querer" - Maria Gadú



Apego a sentimentos e ressentimentos. Apego a palavras ditas sem pensar. Apego a momentos de alegria que não quero que perca o gosto. Apego a saudade que gruda e esquece de me largar. Apego a rotina que assusta quando se cansa e muda a rota, me apresentando o inesperado. Apego a presentes e fotografias. Apego a vidros vazios de histórias mofadas. Apego da minha pele nas mãos dele. Apego a olhos famintos que me seguem pela casa. Apego a dedicatórias amareladas em livros antigos. Apego a músicas que embalaram momentos doces. Apego ao que me trouxe paz e ao que me fez chorar.

Quero que meu apego se desapegue de mim.



Renata Fagundes





segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Hipocrisia









Algumas pessoas me cativam de cara, sem esforço, só um sorriso e basta, outras já precisam se mostrar um pouco mais, precisam me fazer tirar a ruga da testa. Agora, existem outras tantas, que não importa o que façam, não conseguem arrancar nada de mim. Sinto como se a pessoa se contivesse para não demonstrar aquilo que é realmente, como se vivesse preocupada com a posição da máscara.
Talvez seja por isso que dizem que cada alma exala seu próprio perfume, algumas almas cheiram mal e não adianta a pessoa tentar camuflar o cheiro.
Hipocrisia fede e eu não achei meu nariz no lixo.



Renata Fagundes












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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Em voz alta




Não sei ser contida, discreta.
Brigo em voz alta, rio em voz alta, sinto em voz alta.
Sou feita de barulho e de verdade.
Murmúrio não faz parte de mim
e quem não gostar, que tape os ouvidos.


Renata Fagundes







"Acho que eu não tinha outra escolha. Ou ter gana ou ter uma vida ruim. 
Se for viver, que seja por inteiro."

Cris Guerra








quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Palavras




Enquanto ouvir o som das asas das minhas palavras
não saberei o que é silêncio.



Renata Fagundes









quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Ausências







Ao longo da vida, vivi muitas ausências.

Ausência de afeto, abraço.
Ausência de abrigo, solidão.
Ausência de palavra, cumplicidade.
Ausência de espaço, respiração.
Ausência de entendimento, diálogo.
Ausência de sol, chuva interior.
Ausência de calmaria, tempestade.
Ausência de coragem, apatia.
Ausência de pessoas, saudade.
Ausência de bom senso, loucura.
Ausência de amor, vazia.
Ausência de fé, perdida.

Hoje a plenitude me assusta, vivo repleta.
Ausência de tristeza, lágrimas de alegria.
Medo que o pra sempre exista.
 O completo, onde nada falta, sabe?

E por que tanta ponderação se eu não suporto me questionar?
E por que tantos "ses" se eu detesto a indecisão?
Por que minha mente faria isso?
Afinal fizemos um acordo com o coração,
para evitarmos um nocaute vergonhoso na razão.
Não tenho respostas...

Sempre disse - "nosso pra sempre é agora"

Começo a acreditar que meu AGORA é pra SEMPRE.


Renata Fagundes











terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Pedido






Me acolha em seus braços, me receba com o calor do seu amor
preciso de atenção, de zelo e muito mimo
prefiro ser orfã que filha da indiferença.





Renata Fagundes








segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Viver a verdade





(...) desprezava frases feitas e livros de auto ajuda, palavras de microondas, requentadas, pré-cozidas.

Queria ser surpreendida com a verdade, mesmo aquela verdade que não se quer ouvir. Precisava de respostas, precisava deixar sua alma gritar para espantar a letargia dos próprios poros. Queria falar sobre sua dor, incertezas, devaneios e doçuras.

Ouviu a razão esmurrando a porta do coração. Estava segura. Estava decidida. Estava de alma descalça. Despida da roupa do bom senso, seguiu nua. Percebeu que viver de emoção não doía(...)



Trecho do texto: Do que não se cala

Renata Fagundes



* Escolhi esse texto como primeira postagem do ano. Que nosso ano seja feito de palavras reais, sentimentos verdadeiros, pessoas de carne, osso e coração. Que mostrem suas idéias, despejem suas emoções. Não precisamos de gente fake, de idéias fake, de palavras pré fabricadas, copiadas por mentes desprevilegiadas.
Eu quero a coragem despudorada em cada palavra, quero a essência estampada em cada letra, quero o sabor do sumo da verdade.*

Estamos de volta...uuuuhuuuu \o/

Saudade GIGRANDE de todos vocês meus amigos queridos :o)

Beijos cintilantes

Renata Fagundes










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